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Essencialismo vs Minimalismo

Como focar no que realmente importa e reduzir os excessos

Já passou da hora de nos questionarmos sobre o nosso papel como consumidoras, para escapar da cultura do excesso em que estamos inseridas e levar a vida com menos tralhas materiais e emocionais.

Muito se fala sobre consciência coletiva, sobre a necessidade de reduzir o consumo desnecessário e adotar um estilo de vida mais consciente, afinal de contas, somos um dos países com maior índice de desigualdade do mundo.

Quando nos questionamos a respeito do que fazer para colocar foco no que realmente importa, as nossas escolhas transitam entre o minimalismo e o essencialismo. Estes movimentos, que na minha opinião se complementam, partem de perspectivas diferentes.

Vamos entender um pouco mais sobre cada um deles.

ESSENCIALISMO

O acúmulo de tarefas além de fazer mal à sua saúde, afasta você do seu principal objetivo
Imagem Freepik

O essencialismo é um método que te ajuda a identificar aquilo que é vital e eliminar todo o resto.

Focar no essencial é uma disciplinada busca por menos. É direcionar o seu tempo para fazer as coisas certas, colocando energia em alcançar o resultado que deseja. É fazer menos, porém melhor.

O grande ensinamento do movimento essencialista é retomar o protagonismo das suas escolhas.

Quando nos dedicamos apenas a atender aos interesses das outras pessoas e ficamos sem tempo para dar conta das nossas próprias demandas individuais, nos tornamos a “agenda” delas, perdendo a capacidade de decisão.

O resultado disso? Sentimento de sobrecarrega e subaproveitamento dos seus talentos.

Somos condicionadas a aceitar o termo “multitarefas” como um elogio, a levantar a bandeira de workaholic, como se trabalhar compulsivamente fosse algo genial. A real é que alguém sai ganhando com isso, mas eu te garanto que esse alguém não é você.

Há uma grande diferença entre estar ocupada e ser produtiva.

Ter agenda lotada de tarefas e compromissos e estar completamente desconectada daquilo que alimenta a sua capacidade de realização pode te levar a um desgaste extremo por conta do estresse. Falo mais sobre este assunto no artigo burnout e a jornada tripla da mulher. Vale a pena ler!

Vivenciar o essencialismo é retirar o excesso, já que o acúmulo de informações e atividades inúteis impede você de avançar e de viver uma vida com propósito.

Quer começar? Faça isso devagar. Baby steps. Não adianta ter uma lista enorme de prioridades, se você passa o dia inteiro dispersa e não dá conta de nada. 

Eu recomendo que exercite o hábito de estabelecer 3 prioridades para o dia seguinte, respondendo à seguinte pergunta: qual é o resultado que quero alcançar hoje? Estas prioridades são as principais ações que você deve realizar para conquistar o que planejou.

Comece o dia com a missão de resolvê-las!

Lembre-se: não se trata de quantidade e sim de qualidade. Reduza as dispersões e chegue ao resultado que espera sem se desgastar no trajeto.

Para aprender mais sobre essencialismo, recomendo a leitura do livro Essencialismo: a disciplinada busca por menos, de Greg McKeown.

MINIMALISMO

Eliminar excessos é um dos propósitos do minimalismo
Imagem Freepik

No minimalismo a ideia é ter uma vida mais leve, mais simples.

Há pessoas que acreditam que ter bens materiais é sinônimo de sucesso. Contudo, o consumo desenfreado traz consequências maléficas para nós, principalmente ansiedade, compulsão, traumas, além de influenciar na degradação do meio ambiente.

O minimalismo é muito mais que um conceito estético. É uma abordagem que defende a redução de excessos, sugere mudança de hábitos que prejudicam sua saúde, e desapego de bens materiais que não fazem sentido.

O desapego é a característica mais marcante.

Pra começar a entrar na vibe do minimalismo, que tal dedicar um tempo para jogar fora papéis velhos, dar aquela geral no armário e separar roupas que estão lá paradas há séculos e podem ser doadas e ainda, refletir sobre a usabilidade de ítens que você nem sabe mais porque estão lá ocupando espaços na sua casa?

Coloque foco em definir o que realmente faz sentido pra sua vida no contexto atual, e qual será o impacto das suas escolhas a médio e longo prazo. 

Diferente do que muitos pensam, ser minimalista não é fazer voto de pobreza. Não tem nenhuma ligação com privação, e sim sobre fazer escolhas conscientes para se ter uma vida com menos tralha e, por consequência, com melhor qualidade.

Aproveite para pensar coletivamente. Aquilo que já não agrega valor para você, pode preencher a vida de alguém.

Uma boa pedida para se aprofundar no conceito do minimalismo é assistir ao documentário no Netflix: Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes.

Agora me conta, o que está pegando mais para você no momento: a dificuldade em dizer não às demandas externas ou o excesso de tralha que está carregando?  

A opressão gerada pelos estereótipos

A quebra de crenças contribui para a construção de ambientes seguros

Você já reagiu de maneira opressora tentando se proteger, baseando os seus atos nos estereótipos que o ambiente ou a pessoa em questão carregavam?

Para nos manter a salvo, nosso cérebro se mantém em alerta às situações que possam nos colocar em perigo, sejam elas físicas ou psicológicas. Desta forma, ao nos percebermos insegures, sentimos a necessidade de responder a este estímulo fugindo ou atacando, igualzinho a como nossos ancestrais fizeram.

Esta interpretação do que é seguro, é alimentada pelas crenças construídas ao longo da nossa vida, mas também, pelas referências das pessoas ao nosso redor.

É essa necessidade de proteção que define grande parte das nossas escolhas conscientes, das mais simples às mais complexas. Afinal, quem nunca decidiu por uma profissão pelo potencial financeiro, ainda que tivesse certeza de que não seria feliz?

Outra forma de perceber como este desejo de segurança influencia na capacidade de decisão das pessoas, é observar como ela lida com suas relações interpessoais. Para evitar o conflito e preservar sua integridade, elas se sujeitam à relações abusivas e ambientes profissionais tóxicos, abrindo mão de valores essenciais.

No ambiente profissional, é fundamental que as lideranças assumam a responsabilidade de construir um ambiente favorável à valorização individual e à desconstrução de estereótipos.

Gravei um vídeo sobre este assunto. Para assistir, clique aqui.

A quebra de crenças pode contribuir na construção de relações mais seguras. Photo by RF._.studio from Pexels

A estigmatização dos estereótipos de raça, gênero e classe

Sabemos que ambientes tóxicos e relações abusivas destroem nosso psicológico, mas o que dizer a respeito daqueles que têm, de forma recorrente, seus corpos estigmatizados?

Sobre isso, Aida Carneiro, expõe de forma brilhante em seu artigo para a Carta Capital:

“Pessoas brancas presumem que a mulher negra é um animal. O homem presume que a mulher é submissa. Heterossexuais presumem que qualquer expressão de sexualidade que fuja da sua é indecente.”

A consequência dessa estigmatização, analisando pelo viés raça, é mostrada na pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, que afirma que adolescentes e jovens negros tem maiores chances de cometer suicídio no Brasil.

O risco na faixa etária de 10 a 29 anos foi 45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre brancos no ano de 2016.

A diferença é ainda mais gritante entre os jovens e adolescentes negros do sexo masculino, onde a chance de suicídio é 50% maior do que entre brancos na mesma faixa etária.

Entre as causas que levam estes jovens a este caminho estão a rejeição, o sentimento de inferioridade e de não pertencimento.

Ao aprofundar-se neste assunto, você perceberá como é impressionante (e assustadora!) a forma como os marcadores de gênero, raça e classe são determinantes em como cada um de nós vivencia essa suposta sensação de segurança e reage a ela.

Esta reação em cadeia, fomentada pela validação de crenças enraizadas e estimuladas diariamente por padrões racistas, machistas, misóginos e lgbtfóbicos, transformam espaços individuais e coletivos (e aqui incluo as redes sociais) em verdadeiras prisões, das quais nem sempre se pode pedir para sair.

Como gerar mudança?

Mudar este paradigma de discriminação para além da desconstrução destes estereótipos e gerar uma verdadeira transformação no mundo, exige que nos responsabilizemos por construir ambientes psicologicamente seguros, tanto na vida privada quanto na pública.

O caminho para isso é a diversidade.

Como exercício, se questione:

Quais são os meus valores pessoais? A minha empresa expressa os valores que carrego? Ela está alinhada com a necessidade de pluralidade do mundo atual? Eu tenho me dedicado a gerar empatia através da minha mensagem?

Basear relações pessoais e profissionais no respeito, transparência e empatia ao invés de se fechar nas bolhas que os estereótipos nos colocam, é abrir espaço para vulnerabilidades de forma que todos se sintam confortáveis em exercer suas liberdades individuais sem medo.

Por Taty Nascimento

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Being qualified is not enough if you are a woman

If you are a woman and have been trying to take your place in the market, you certainly have faced many situations of inequality, especially if you are black.

As a mentor in women’s leadership, I argue that the lack of economic balance and the influence that the categories of gender, race and class have on it, are factors that cannot be ruled out in order to understand the countless challenges that women must face in order to achieve a prominent position in the market.

That is the subject of the article by Luiza Franco and Paula Adamo Idoeta for BBC News, in which it’s possible to observe through the data presented that women not only occupy less senior positions (nor 40% of managerial positions are women), but also earn less in relation to men as they ascend professionally . In leadership positions, the discrepancy reaches 27%. The gap between the highest salaries for men and women at the top is 38%.

Image by Pexels – RF Studio

In an interview with the website movimentomulher360, Nina Silva, CEO of the Black Money Movement and one of the most important voices that defend gender and race equity in Brazil, reinforces that the fact we have very few black leaders in Brazil , mainly by women, generates the need for a movement that starts from the individual to the collective, allowing the next generations to have references to be followed.

Analyzing these two perspectives, there are some fundamental actions to be taken in order to hack the system:

Have a clear purpose. If you don’t know where to go, you will agree to go anywhere. Defining your purpose will help you to draw a consistent plan towards your goals.

Be prepared for opportunities. Invest in knowledge. Invest even more in self-knowledge. When a good opportunity comes, you need to be ready for it. And if it doesn’t, be ready to create your own opportunity.

Become responsible for changing the social structure. When reaching a high level in the market hierarchy, create solutions so that more women can also reach the top of the pyramid.

Only then will we be able to build a better future for those who come after us.

Specialist in Humanizing Leadership and Emotional Intelligence, Taty Nascimento is passionate about business with Purpose. She has consistently contributed to women finding their place in the market and becoming leaders of themselves.


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8 dicas para gerir pessoas

O modelo de liderança aplicado nas empresas de sucesso vem se transformando nos últimos anos. Para lidar com os novos desafios de inovação e criatividade cada vez mais esperados nos ambientes profissionais, aquele formato tradicional de uma liderança fria e baseada na hierarquia vem dando espaço para uma relação mais humana e participativa.

Neste episódio a Taty 8 dicas fundamentais para quem quer começar a mudar seu olhar sobre gestão de pessoas e caminhar na direção da liderança humanizante.

Estou com sobrecarga de trabalho. O que fazer?

Se a sua rotina tem sido “apagar incêndios”, este artigo é para você!

Não tenho bola de cristal, mas sei exatamente como você está se sentindo agora, simplesmente porque muitas pessoas que assumem cargos de liderança tem a mesma sensação.
Todo trabalho que era feito antes por você com apenas dois braços, agora parece impossível. Você superestimou sua capacidade e agora está sobrecarregado, agenda sempre lotada de compromissos e tarefas quase sempre realizadas sem nenhuma profundidade.
Talvez você seja a pessoa que tem que resolver tudo e escolheu fazer tudo sozinho imaginando que não se sobrecarregaria ainda mais. Você estava enganado!


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